Descubra como caminhar 7,5 mil passos pode controlar a asma em adultos

A prática diária de caminhada pode ser uma aliada no controle da asma moderada e severa em adultos, segundo um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Publicada no periódico The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice, a pesquisa revela que caminhar 7,5 mil passos por dia pode melhorar significativamente a gestão da condição respiratória, mesmo em indivíduos sedentários.

De acordo com os pesquisadores, a recomendação para a prática de atividade física deve ser enfatizada nas orientações médicas e nas políticas públicas, não apenas como uma forma de combater o sedentarismo, mas como um meio eficaz de controle da asma. A Agência FAPESP destacou que ser ativo fisicamente não impede que uma pessoa seja considerada sedentária. Por exemplo, alguém que passa a maior parte do dia sentado no trabalho pode ainda assim realizar atividades físicas regularmente durante a semana.

A principal descoberta do estudo é que a quantidade de atividade física está diretamente relacionada ao melhor controle da asma. Os pesquisadores especificaram que caminhar pelo menos 7,5 mil passos diários está associado a melhores resultados no controle da condição. Essa prática deve ser complementada pelo uso adequado de medicação, boas funções pulmonares e gestão de ansiedade e depressão.

Os dados mostraram que 43,9% das pessoas fisicamente ativas, mas sedentárias, e 43,8% das fisicamente ativas e não sedentárias obtiveram controle da asma. Em contrapartida, apenas 25,4% dos inativos e sedentários, e 23,9% dos inativos e não sedentários, conseguiram manter a condição sob controle.

O estudo também desmistifica a ideia de que a atividade física pode ser perigosa para pessoas com asma, um medo comum devido à possibilidade de constrição das vias aéreas durante o exercício. A pesquisa sugere que, com a devida orientação e precauções, a prática regular de caminhadas pode ser uma estratégia eficaz para a melhoria da qualidade de vida de quem sofre com essa condição respiratória.