Curiosidades e Tecnologia
Gene da força pode reduzir risco de doenças e morte precoce
Estudo revela: Pessoas com “gene da força” têm menos doenças e vivem mais. Descoberta abre caminho para novas pesquisas em saúde.
Na busca constante da ciência por entender melhor nosso corpo e como ele enfrenta as adversidades, um estudo fascinante traz luz ao poder escondido nos nossos genes. A Universidade de Jyväskylä, juntamente com a Universidade de Helsínquia, descobriu que aqueles que carregam o chamado “gene da força” não só são geneticamente predispostos a serem mais fortes fisicamente, mas também apresentam um risco menor de desenvolver doenças e enfrentar uma morte precoce.
O que é o gene da Força?
O gene em questão é um fenômeno genético que aumenta a capacidade do corpo de desenvolver músculos, em particular, afetando a força de preensão manual (FPM) – uma medida da força que temos nas mãos e antebraços. Os cientistas acreditam que essa característica particular pode ter um papel significativo na maneira como nosso corpo lida com as doenças relacionadas à idade.
Para chegarem a estas conclusões, a pesquisa analisou dados de impressionantes 342.443 finlandeses, coletados pelo banco de dados FinnGen, que abrange informações genéticas e de saúde. Este grupo diversificado incluiu indivíduos dos 40 aos 108 anos, com uma distribuição quase igual entre homens e mulheres.
Força e Saúde: Uma Ligação Genética
Utilizando um sistema de pontuação poligênica (PGS), os pesquisadores foram capazes de medir a predisposição genética à força de preensão e comparar como isso afetava o risco de enfrentar não apenas uma, mas 27 diferentes condições de saúde, incluindo doenças cardíacas, pulmonares, músculo-esqueléticas, cânceres e até mesmo distúrbios mentais e cognitivos.
O estudo revelou que uma maior força muscular genética contribui mais para a resistência do corpo contra os efeitos prejudiciais do envelhecimento do que para a recuperação de eventos adversos graves. Isso indica um papel fundamental da força hereditária na manutenção da saúde ao longo do tempo.
Apesar desses achados, os pesquisadores salientam que, por enquanto, usar a pontuação genética para prever a força muscular pode não ser prático em ambientes clínicos. No entanto, apontam para a valiosa contribuição deste conhecimento no estudo de como o estilo de vida e a atividade física influenciam a resistência a doenças. Além disso, destacam a importância de pesquisas futuras sobre como o gene da força afeta a resposta ao exercício e a capacidade de treinamento.
Este estudo abre portas para entender melhor a complexa relação entre nossa genética, nossa força e nossa saúde, podendo um dia levar a métodos mais eficazes de prevenção e tratamento de doenças baseados na personalização genética.
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