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Curiosidades e Tecnologia

IA acelera descoberta de tratamentos para Parkinson em até 10x

Nova técnica de IA da Universidade de Cambridge promete acelerar a busca por tratamentos para o Parkinson, tornando-a mais rápida e econômica.

Avatar De Portal Chicosabetudo

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Parkinson

A doença de Parkinson compromete o movimento devido a um distúrbio no sistema nervoso e é a segunda condição degenerativa mais prevalente, superada apenas pelo Alzheimer. Até recentemente, encontrar tratamentos eficazes tem sido uma jornada árdua e lenta, pois não existem terapias que efetivamente previnam ou retardem sua progressão. No entanto, uma promissora abordagem utilizando inteligência artificial (IA) foi desenvolvida pela Universidade de Cambridge, prometendo acelerar este processo em até dez vezes.

Na busca por uma solução, o foco tem sido a proteína alfa-sinucleína. Em pacientes com Parkinson, essa proteína não funciona corretamente, se dobrando de maneira anormal e formando aglomerados conhecidos como corpos de Lewy. Esses aglomerados são perigosos pois matam células nervosas, exacerbando os sintomas da doença.

Como a IA está revolucionando a pesquisa

Os cientistas têm se dedicado a identificar pequenas moléculas capazes de impedir a aglomeração das proteínas alfa-sinucleína. Tradicionalmente, este é um processo extenso e complexo. Contudo, com a aplicação da inteligência artificial, a eficácia dessa busca sofreu uma transformação significativa.

A equipe da Universidade de Cambridge utilizou computadores para prever quais compostos seriam mais eficazes contra as proteínas problemáticas. Eles treinaram modelos de aprendizado de máquina com dados de experimentos antigos, permitindo-lhes identificar as partes críticas das moléculas envolvidas na ligação às proteínas.

Os resultados foram notáveis. Os compostos identificados, agora focados em áreas específicas das proteínas problemáticas, mostraram-se centenas de vezes mais potentes e mais econômicos do que as soluções anteriores. Alguns desses compostos já avançaram para as primeiras fases de testes clínicos, evidenciando o potencial da técnica.

Publicada na revista Nature Chemical Biology, esta pesquisa não apenas acelera o desenvolvimento de tratamentos mas também reduz significativamente os custos associados. Com o avanço contínuo da IA, a esperança para tratamentos mais eficazes e rápidos para o Parkinson está ao alcance.

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