Após audiência de custódia, Deolane permanece presa; Defesa solicita prisão domiciliar

Justiça decide manter prisão de Deolane Bezerra, investigada por crimes financeiros. Defesa solicita prisão domiciliar, citando condição de advogada.

Foto: Bruno Fontes/TV Globo

Após a audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (5/9), a Justiça de Pernambuco decidiu manter a prisão preventiva da influenciadora e advogada Deolane Bezerra, além de sua mãe, Solange Bezerra. As duas foram presas na quarta-feira (4/9) como parte da Operação Integration, que investiga uma rede criminosa especializada em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A audiência foi realizada por videoconferência, com as detidas na Colônia Penal Feminina Bom Pastor e o juiz participando da central de audiências no fórum.

Logo após a manutenção da prisão, a defesa de Deolane entrou com um pedido de substituição da preventiva por prisão domiciliar. O argumento central dos advogados foi a condição da influenciadora como advogada, o que, segundo eles, justifica um tratamento diferenciado, conforme estabelecido por normas da OAB. O documento protocolado defende que o ambiente prisional em que Deolane se encontra não seria adequado para uma pessoa com prerrogativas profissionais de advogado.

O juiz que presidiu a audiência de custódia encaminhou o pedido ao magistrado responsável pela ordem de prisão, que deve decidir sobre a solicitação nos próximos dias. A defesa ainda ressaltou que a transferência para prisão domiciliar seria uma medida mais compatível com os direitos da influenciadora, até que as investigações avancem.

Enquanto aguardam a decisão, Deolane e sua mãe permanecem presas na unidade penitenciária feminina. Elas são parte central das investigações da Operação Integration, que, desde seu início em abril de 2023, já prendeu outras 18 pessoas e cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em diferentes estados.

Entre os alvos da operação, a Polícia Civil realizou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aviões e embarcações. Os bloqueios de ativos chegam ao montante de R$ 2,1 bilhões. Além disso, foi decretada a suspensão do porte de armas de fogo para os envolvidos, que também tiveram que entregar seus passaportes à Justiça.