A Polícia Civil de Alagoas indiciou Regivaldo da Silva Santana, escultor e caçador, pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, posse de acessório de uso restrito e crime ambiental. Santana, que também é atirador desportivo, confessou o assassinato de quatro jovens em Arapiraca, no Agreste alagoano. Os corpos foram descartados em um poço em sua propriedade, onde também foram encontradas dez armas de fogo e duas serpentes exóticas, motivo pelo qual enfrenta também acusações ambientais.
O indiciamento ocorreu após a conclusão do inquérito nesta quarta-feira, 8. Santana foi preso em 19 de abril, no dia em que os corpos foram localizados. No dia seguinte, a polícia prendeu Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima em Sergipe, acusados de ajudar na ocultação dos corpos. Os três suspeitos permanecem detidos.
As vítimas foram identificadas como Letícia da Silva Santos, 20 anos, Lucas da Silva Santos, 15 anos, Joselene de Souza Santos, 17 anos, e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos. Os assassinatos ocorreram em 13 de abril, mas só foram descobertos após a mãe de Letícia e Lucas notificar o desaparecimento dos filhos.
De acordo com a investigação, as vítimas foram mortas a tiros na cabeça. A polícia descartou a alegação de legítima defesa do escultor e apontou que os assassinatos foram premeditados. Imagens de câmeras de segurança indicam que Letícia e Joselene estiveram com Santana antes dos crimes, inclusive visitando uma agência bancária e uma pizzaria.
Os resultados da perícia balística, comparando as armas de Santana com os projéteis encontrados nos corpos, ainda são aguardados para complementar as evidências contra ele. Durante o depoimento, foi mencionado que o sobrinho de Santana e outro jovem alegaram ter sido coagidos a ocultar os cadáveres, versão que a polícia contesta. Os detalhes continuarão a ser investigados e os resultados serão entregues à Justiça.