Centenas de pessoas da comunidade gay na Uganda participaram de uma passeata no final de semana, vista como uma pequena vitória para os direitos dos gays depois que o governo tentou impor pena de prisão perpétua a atos homossexuais.
Gays, lésbicas e transgêneros marcharam, dançaram e cantaram durante as celebrações do Orgulho Gay.
{relacionadas}Alguns usavam máscaras com medo de serem identificados. A manifestação ocorreu nas margens do Lago Victoria um ano depois que um tribunal derrubou a lei contra os homossexuais.
"É uma grande honra estar aqui hoje sem qualquer problema, disse Kasha Jacqueline, uma participante.
"Estamos felizes que o governo entendeu que há temas mais urgentes que a orientação sexual das pessoas", declarou, "mas a luta continua".
No ano passado, o governo aprovou uma nova e draconiana lei antigays, a qual gerou forte crítica internacional e fez com que alguns países ocidentais congelassem milhões de dólares em ajuda ao país africano.
A medida que tornava atos homossexuais puníveis com prisão perpétua foi comparada pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry à legislação antissemita da Alemanha nazista.
Em meio à revolta internacional, a corte constitucional da Uganda derrubou a lei por um aspecto técnico. Legisladores conservadores querem retomar a medida que chegou a ser uma das mais duras de toda a África, ainda que atos homossexuais sejam considerados ilegais em 37 países do continente.
Ainda assim, alguns ativistas gays dizem que estão vendo um arrefecimentoda pressão do governo nos últimos meses.