Rui Costa desaprova evento-teste em Salvador: “acho arriscado”

O governador da Bahia Rui Costa manifestou-se contrário à ideia da Prefeitura de Salvador de realizar um evento-teste com cerca de 500 pessoas na capital baiana. No ‘Papo Correria’ desta segunda-feira, 6, ele disse não ser adequado que haja a aglomeração prevista para o dia 29 de julho.

“Eu ainda não conversei com o prefeito, falei com ele hoje por telefone, mas não falamos nesse assunto, mas vou falar com ele. Não me parece que é o momento de fazer evento-teste. Se acabamos de pedir para que as pessoas não façam eventos juninos, como é que agora vamos juntar 500 pessoas ou mil pessoas para fazer um evento-teste? Então, não acho adequado, a mensagem não é boa nesse momento”, argumentou o governador.

Para Rui Costa, o ideal é aproveitar a queda na média móvel do número de casos e mortes por covid-19, além da diminuição de ocupação de leitos clínicos e de UTI para retornar as atividades consideradas essenciais.

“Nesse momento precisamos voltar progressivamente com aquelas atividades essenciais como Educação, que é uma atividade essencial a vida humana, e deixando um pouco para depois atividades que não sejam tão essenciais”, disse Rui Costa.

A Prefeitura de Salvador pretende fazer um evento-teste no final de julho, no Centro de Convenções, com cerca de 500 pessoas já vacinadas com ao menos uma dose da vacina contra a covid-19. O município busca uma parceria com a Fiocuz para realizar o monitoramento dos presentes por 15 dias após a festa. Além disso, também são planejados eventos nas ilhas de Salvador.

“Acho que eventos podem aguardar um pouco mais, a gente reduzir ainda mais o número de casos, para a gente começar a fazer eventos. Essa é a minha opinião, inicialmente foi o que eu conversei com o prefeito informalmente, e a gente vai fazer um anúncio coletivo. Eventualmente fazer liberações progressivas, é isso que está conversado, para a gente chegar a liberar eventualmente eventos de maior porte na frente. Podemos avaliar eventos pequenos agora, que reúna poucas pessoas, mas eventos de 500, mil, cinco mil pessoas, eu acho que é muito arriscado nesse momento”, opinou o governador.