O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou o sigilo de 100 anos sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A informação foi divulgada neste sábado (31/7), pela revista Crusoé.
Os cartões usados pelos filhos do presidente para ingressar no edifício que é sede do Governo Federal foram confirmados pela própria Presidência da República por meio de documentos encaminhados, no último mês, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
A reportagem foi revelada pela revista Crusoé após ter acesso a documentos emitidos pela Secretaria-Geral da Presidência encaminhados por meio da Lei e Acesso à Informação (LAI).
“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527”, diz um trecho do documento emitido pela Secretaria-Geral da Presidência.
Os termos citados pelo Planalto determinam que as informações pessoais relacionadas à “intimidade, vida privada, honra e imagem” terão acesso restrito, independente da classificação de sigilo. O prazo máximo estabelecido foi de 100 anos.
A revista Crusoé apontou que Carlos Bolsonaro usou seu crachá para visitar o Palácio do Planalto 32 vezes, entre abril de 2020 e junho de 2021. Uma planilha elaborada pela Casa Civil mostra que o filho 02 de Jair Bolsonaro tem acesso livre ao terceiro andar do palácio e ao próprio gabinete da Presidência. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, esteve no gabinete presidencial em três oportunidades, todas em abril de 2020.