Mulher acusada de matar filho recém-nascido o jogando em lixeira é absolvida pelo júri

Mulher acusada de matar filho recém-nascido o jogando em lixeira é absolvida pelo júri

Camila de Souza Maciel, acusada de jogar o filho recém-nascido em uma lixeira, acarretando na morte do bebê, foi absolvida pelo Tribunal do Júri de Pinhais nesta quinta-feira (18).

O júri durou cerca de 7 horas e segundo o advogado de defesa de Camila, Elson Marcelino da Silva Junior, o júri foi extremamente complexo e levou muita emoção a todos.

“Ao término, a juíza mencionou que foi o júri mais difícil que ela já havia atuado, com promotores jurados e até mesmo a juíza emocionados. Ela vê que a sociedade saiu ganhando”, disse o advogado.

O abandono do recém nascido, que seria o terceiro filho da jovem, ocorreu em 2016, quando Camila estava com 18 anos. Ela teve o primeiro filho aos 14 anos, o que fez ela ser expulsa de casa. Logo depois, teve outro filho aos 17 anos. 

O corpo da criança foi encontrado por um coletor de lixo que realizava trabalhos na região onde o caso aconteceu. Ele juntava o lixo, quando viu que em uma sacola estava o corpo de uma criança.

Ao iniciar as investigações, as informações e denúncias coletadas pela Delegacia de Pinhais apontavam Camila como autora do crime. 

Após intimação, ela compareceu a delegacia e confessou. Na época, a jovem alegou que jogou o recém-nascido no lixo para ocultar o nascimento. O laudo provou que a criança nasceu com vida. Ainda em depoimento, Camila alegou que a situação financeira era difícil e já tinha dois filhos.

A jovem morava nos fundos de um terreno, e não era usuária de drogas. Desde então, foi presa e encaminhada à Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), onde aguardava julgamento.

O resultado final foi dividido, mas os jurados optaram pela absolvição da acusada. A decisão foi embasada em laudos que apontavam que a jovem não estava com 100% da capacidade intelectual, emocional e cognitiva de discernimento.