Um aluno de 7 anos foi impedido de assistir às aulas por não querer usar máscara em Porto Alegre (RS), o Colégio Anchieta, onde o caso aconteceu, chegou a acionar a Brigada Militar no momento. O pai do estudante também fez um Boletim de Ocorrência contra o colégio, na segunda-feira (29).
O pai do garoto relatou o caso ao Ministério Público e contou que seu filho está impactado por conta do ocorrido e não quer voltar ao colégio.
“Meu filho está muito abalado, muito triste, não quer voltar para a sala de aula. É uma criança de sete anos que entendeu que a polícia foi lá para retirar ele. O pior disso tudo foi que existe um decreto municipal de Porto Alegre, sobre o qual eu me baseio, que desobriga o uso de máscara para ele. O colégio argumentou que está seguindo norma de um sindicato. Eu, como pai, não tenho como admitir que um sindicato diga ao meu filho o que ele tem ou não que fazer”, disse Márcio Lara ao jornal digital GaúchaZH
Segundo o comandante do 11º Batalhão da Brigada Militar (BM), eles foram acionados pois o pai do aluno se mostrava irritado com a situação e os funcionários do colégio estavam com medo.
“A Brigada Militar não foi solicitada porque a criança não queria colocar a máscara, e sim chamada pela direção da escola pois o pai do aluno estava alterado, gritando, gesticulando. O pessoal ficou com medo e nos chamou.”, disse o comandante.
A mãe da criança, Krishna Soares, disse que o menino vinha relatando que não queria mais usar máscara, tendo apresentado problemas de pele devido ao uso. Ela conta que a criança já tinha ido à escola sem máscara há dois dias.
“Eles deixaram meu filho entrar, acessar a sala para depois ser retirado pela professora e nos chamarem. A gente está protegendo ele e respeitando os direitos dele. Só o que podemos fazer é brigar por ele.”, diz ela.
Na capital gaúcha, o decreto municipal do prefeito Sebastião Melo proíbe a exigência de uso de máscaras por crianças em sala de aula. A Promotoria Regional de Educação de Porto Alegre irá apurar os fatos e investigar como o caso foi conduzido, avaliando se houve algum excesso, exposição da criança e se a conduta da escola estava de acordo.