Quem vencer a próxima eleição para o Palácio do Planalto, em 2022, precisará assumir a tarefa de “pacificar e reconstruir o País”. A avaliação é do ex-presidente Michel Temer, que tem sido acionado para atuar como uma espécie de conciliador em crises institucionais como a que envolveu, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“O próximo presidente tem de fazer uma coisa que é pacificar o País”, afirmou Temer ao Estadão. “Precisa pacificar tudo, apagar as divergências que aconteceram e reconstruir o Brasil. Precisa dizer: vamos reconstruir com todos unidos. E o que significa pacificar o País? É começar do zero e, agora, vamos caminhar todos juntos. Vamos reconstruir o País, ampliar o diálogo“, insistiu.
Temer citou, inclusive, o exemplo do discurso feito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, logo após sua vitória sobre Donald Trump. Na ocasião, a disputa eleitoral americana foi marcada por acusações de fraudes feitas por Trump, sem apresentar qualquer prova que atestasse isso, e também pelo ataque de seus seguidores mais radicais ao Capitólio. “O presidente Biden fez um discurso pela paz que foi muito bem recebido num momento muito tenso da política dos Estados Unidos“, lembrou Temer.