Turista é torturada e estuprada por traficantes por causa de amiga na Bahia

Após 15 dias em coma e cinco meses internada em uma unidade hospitalar na capital baiana, Nayara teve alta médica no dia do seu aniversário e deixou um recado para os jovens.

Obedeça as suas mães, escute as suas mães. Eu sei que mãe sempre briga, tem aqueles momentos que a gente quer bater de frente, que ela está errada, que é chata, mas elas.

Entenda o caso:

Tinha tudo para ser a viagem dos sonhos, mas a pernambucana Nayara de Melo, 22 anos, não esperava que tudo se transformasse em um pesadelo. A jovem conheceu a baiana Ingrid Leal Mendes, 22, pelas redes sociais e resolveu vir passear em Salvador no mês de abril. Ela só não imaginou que a nova amiga fosse envolvida em uma vida criminosa e que já tivesse se relacionado com traficantes rivais.

Assim que chegou em Salvador, Nayara foi recebida por Ingrid e foram para um bar no município de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Lá, as duas foram abordadas por três homens, entre eles um adolescente, e levadas para uma outra localidade na cidade.

No meio do matagal, as duas foram estupradas, agredidas, baleadas em diversas partes do corpo e queimadas com cigarro. Ingrid morreu no local, já Nayara, que teve um corte profundo no pescoço, conseguiu escapar.

Vai ser impossível esquecer. Ainda que passe todos os anos, toda a minha vida, vou ter cicatrizes que vão lembrar o que aconteceu.

Emocionada, Nayara falou que mesmo não conhecendo muito bem a amiga, ela não merecia ter morrido de forma tão bárbara.

Não consigo entender como um ser humano, que tem a oportunidade de respirar, de ter a vida, consegue chegar a tamanha brutalidade.

Após cometer o crime barbado, os acusados foram presos: Romário Santana da Silva, que estava escondido na casa dos avôs, foi preso no dia 26 de maio na localidade conhecida como Água Fria, em Riachão do Jacuípe, interior da Bahia. Já Jeferson Jesus Carvalho foi preso no dia 8 de junho, no bairro de Portão, em Lauro de Freitas. O crime teria sido cometido a mando de um presidiário.