Ao tomar vacina, menino de 8 anos lembra da mãe que morreu por Covid no AC: ‘por mim e por ela’

“Eu me vacino por mim e pela minha mãe que não teve a oportunidade de se vacinar. Levem seus filhos para se vacinar” foi o que disse o pequeno João Pedro Lima, de 8 anos, após receber a primeira dose da vacina contra Covid.

Ele e o primo, Murilo Moraes de Avilar, de 7 anos, se vacinaram no último dia 25 em Rio Branco e levaram a foto de Raquel Moraes Lima, que morreu aos 37 anos vítima da doença em julho de 2020.

Quando a família decidiu levá-los para vacinar, pensou também em uma forma de chamar atenção das pessoas que ainda resistem à vacinação. Larissa Moraes Matos, de 20 anos, também era filha de Raquel e ela conta que o irmão e o primo decidiram levar o foto para relembrar a quantidade de vidas perdidas para a Covid.

“Eles estavam super ansiosos para se vacinar. Perdemos muitas pessoas da nossa família, inclusive algumas pessoas mais próximas, como a minha mãe. Desde então, muitas coisas mudaram em nossas vidas e um dos motivos para a gente continuar é a vacina – é nossa única esperança para nos sentirmos protegidos contra o vírus. Como muitas pessoas ainda não enxergam a importância de se proteger e não acreditam na evolução da ciência, sempre fazemos um manifesto para conscientizar as pessoas”, diz a estudante.

Sobre a falta da mãe, ela diz que ainda não conseguiu se acostumar. Na época, a morte de Raquel comoveu a todos. Ela era servidora de carreira do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE-AC) há 11 anos. Nesse período, atuou como assistente social como membro da equipe técnica, coordenadora técnica em várias unidades da Capital, e foi diretora do Centro Socioeducativo Santa Juliana.