Um médico foi preso na última quinta-feira (27) após se negar a atender um delegado com prioridade, em um posto de saúde da cidade de Cavalcante, em Goiás. Solto após audiência de custódia, Fábio Marlon Martins França classificou a situação como “humilhante” e “abusiva”.
“Eu acho que qualquer um na minha situação não aceitaria ser preso ilegalmente. Foi um excesso, foi um abuso, foi humilhante.”, declarou ele ao portal G1.
Fábio, que atua há cinco anos na cidade, conta ter cogitado deixar a cidade por se sentir constrangido com a situação, mas mudou de ideia pois recebeu apoio da população.
A Polícia Civil se defendeu, afirmando que o médico foi detido por exercício ilegal da Medicina, desacato e lesão corporal. No entanto, na audiência de custódia, ficou comprovado que Fábio tinha autorização para atuar na área da saúde.
O juiz responsável pela soltura apontou suposto abuso de poder e disse que “nada justifica a condução coercitiva do profissional de saúde no momento que estava a atender o público”.
“Todos têm que ser iguais. Não é porque a pessoa tem um cargo melhor que vai passar por cima de pessoas que estão ali querendo atendimento, esperando sua vez. Isso eu não vou aceitar jamais. Se esse é o preço para eu cumprir, que me prenda novamente”, afirma Fábio, que manterá sua postura de tratar seus pacientes com equidade.