A mãe e o padrasto da criança de 5 anos encontrada morta na cidade de Sumé, no Cariri paraibano, foram presos na noite da terça-feira (13), suspeitos de terem participado do assassinato. Além dos parentes da criança, dois homens também foram detidos pela polícia pela suspeita de homicídio. De acordo com a Polícia Civil, uma das linhas da investigação é que o menino tenha sido morto durante um ritual de magia negra.
O corpo da criança foi encontrado na manhã desta terça-feira (13), com lesões na cabeça, com o corpo aberto do pescoço até a altura da virilha e com o pênis decepado. Ele estava desaparecido desde o domingo (11). O corpo da criança foi sepultado na noite da terça-feira, na cidade de Sumé.
Segundo o agente de investigação que trabalha no caso, Sérgio Amaral, a polícia chegou aos quatro suspeitos unindo os depoimentos e com as provas obtidas com a perícia. "Durante todo o dia foi feito o trabalho pericial onde o menino foi achado e na casa onde ele residia. Testemunhas ajudaram a polícia contando o que vinha acontecendo desde o domingo", explicou.
Foram presos Laudenice dos Santos Siqueira, de 22 anos, que é a mãe de Everton; João Batista de Sousa, que estava no local onde o corpo foi desovado; o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, 31, conhecido como "xana" e Denivaldo Santos Silva ,de 37, conhecido como "paulistinha".
Ainda de acordo com Sérgio Amaral, a mãe e o padrasto já eram suspeitos desde de quando prestaram queixa do desaparecimento da criança. Um homem que foi preso é vizinho da família e, segundo testemunhas, tinha um histórico de brigas e ameaças com a mãe a criança.
Conforme a Polícia Civil, a mãe da criança vai responder inicialmente por comissivo por omissão, que é quando a pessoa abstém de agir para evitar um crime. O padrasto, o doente metal e um amigo da família da vítima vão responder por homicídio duplamente qualificado.
O outro preso é um homem que tem problemas mentais. Conforme investigações da Polícia Civil, ele foi o último a ser visto com a criança no dia do desaparecimento e quando o corpo foi encontrado este homem era o único que estava ao lado do corpo.
Sérgio Amaral diz que a investigação continua por se tratar de um caso bárbaro. "Por causa forma como o menino foi morto e como foi encontrado, nós precisamos aprofundar mais a investigação", disse. Para a polícia, o crime pode ter sido praticado na segunda-feira (12), dia das crianças, por se tratar de uma data simbólica.
Todos os quatro presos estão detidos na Central de Polícia da cidade de Monteiro por questões de segurança. A polícia informou que os quatro negaram participação no crime. Na manhã desta quarta-feira (14), eles ficarão à disposição da Justiça.