A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teceu críticas à Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (11) em razão de uma matéria sobre a teoria de que Jesus foi vítima de abuso sexual antes de ser crucificado. A esposa do presidente Jair Bolsonaro classificou a reportagem como “insanidade, cristofobia e falta de escrúpulos” e citou um versículo bíblico.
“Insanidade, cristofobia e falta de escrúpulos. Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá (Gálatas 6)”, escreveu Michelle em seus stories, no Instagram.
No sábado (9), o caderno Ilustríssima, da Folha, publicou a teoria do teólogo inglês David Tombs, de 57 anos, que questiona o que significa Jesus ter sido publicamente despido antes da crucificação.
Tombs é anglicano, professor de teologia e questões públicas na Universidade de Otago, na Nova Zelândia. Para ele, o relato de Marcos 15:15-20 retrata que Cristo foi vítima de abuso.
“São dois aspectos: o primeiro é o que o texto realmente fala. Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual, o que justifica chamá-lo de vítima de abuso sexual. Embora muitas pessoas tenham dificuldade de chamar a nudez forçada de violência sexual, tendo a crer que elas estão sendo desnecessariamente resistentes ao que o texto afirma”, disse ele ao caderno.