Um vendedor ambulante foi preso suspeito de ter matado uma garçonete de 17 anos, com requintes de crueldade, no município de Santa Cruz Cabrália, localizado no sul da Bahia. O corpo da vítima foi encontrado em um terreno baldio, enrolado em uma lona amarela e com um saco na cabeça. De acordo com informações da delegada responsável pelo caso, Teronite Bezerra, antes de morrer, a menor foi torturada.
Ela teve parte da língua cortada e os órgãos genitais foram perfurados. Tudo leva a crer que ele bateu a cabeça dela na parede, pois tinha marcas de sangue espalhadas pela casa e paredes
Uma testemunha informou à polícia que viu Jaíne de Souza Nascimento entrar na casa do vendedor de coco e caldo de cana, Auto Galdino e Lemos, conhecido como Jabuti, 50 anos, porém, não a viu sair.
Após cometer o crime, o homem bateu na porta de uma vizinha, muito nervoso, dizendo que teria que ir embora, pois o irmão dele iria passar por uma cirurgia urgente. Auto deixou R$ 10,00 para um rapaz comprar ração para os passarinhos que criava e R$ 30,00 para ele tomar conta da casa, além de dizer que o jovem poderia tomar os cocos e chupar as canas que estavam na casa. Em seguida, o homem fugiu em um carro, com o corpo da vítima enrolado em uma lona, mesmo material usado para vender as canas.
Quando souberam do crime, populares tentaram invadir a casa do ambulante, para saquear e queimar o imóvel, entretanto, foram impedidos pela polícia. Vite e um dias após o crime, o homem se apresentou na delegacia da cidade com uma advogada e foi verificado que havia um mandado de prisão contra ele em aberto. Em depoimento, o suspeito negou o crime e disse nunca ter visto a garçonete. Questionado sobre uma testemunha ter visto a menor entrar na casa dele, Auto disse que um homem esteve em sua residência para instalar uma antena parabólica e que um chaveiro, com algumas chaves, havia sumido.
A delegada trabalha com algumas linhas de investigação: vingança ou crime passional.