Uma mulher de 33 anos foi morta esganada pelo próprio irmão, na noite de quinta-feira (26), enquanto os dois bebiam juntos na casa da vítima. Após matar Patrícia Benites Servian, Antônio Benites, de 38, tentou enterrar o corpo dela nos fundos da residência. O crime aconteceu na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Para a Polícia Civil, aparentemente, não há uma explicação para o assassinato, já que não havia histórico de desentendimentos entre eles. A delegada responsável pelo caso afirmou que os dois costumavam beber juntos.
“Eram próximos, não há informação de que a relação era conturbada, pelo contrário, brigavam pouco. Mas, ingeriram muita bebida alcoólica e estavam bebendo quando o crime ocorreu”, disse Bárbara Camargo Alves, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
O crime aconteceu na presença dos filhos da vítima, de 3 e 5 anos. O agressor havia saído recentemente da prisão e fazia o uso da tornozeleira eletrônica, que seria retirada no dia 15 de junho. Ele já foi preso por estupro e, recentemente, foi voltou à prisão por agredir a companheira.
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Descoberta
Um irmão dos dois foi o primeiro a desconfiar do crime. Segundo informações do Campo Grande News, Abel Benites, de 35 anos, chegou na casa da irmã, por volta das 8h de sexta-feira (27). Ele estranhou o fato de ter uma cova aberta do quintal, além da ausência de Patrícia.
À tarde, um vizinho da vítima questionou Abel sobre os gritos vindos da casa da família no dia anterior. O irmão perguntou ao agressor o que havia acontecido, mas Antônio argumentou que Patrícia estava gritando pela mãe — o que fazia sempre que estava bêbada.
“Toda hora que eu andava nos fundos da casa ele me seguia, mas até então era normal. Até vi o tanque, mas não sei o que dava em mim, tinha vontade de olhar e não ia”, disse ao portal local.
Uma irmã de Patrícia, que preferiu não se identificar, contou, também em entrevista ao Campo Grande News, que foi um dos sobrinhos o responsável por revelar o crime. Preocupada e desconfiada do irmão, ela teve uma conversa com o pequeno.
“Eu trouxe meu sobrinho, coloquei no meu colo e falei ‘conta pra tia tudindo’. Ele começou a contar falando que a mãe estava morta ‘meu tio Ninho matou ela’. Meu sobrinho falou que pegou pelo pescoço, ergueu ela, soltou e caiu no chão”, contou a mulher.
O corpo de Patrícia foi encontrado embaixo de um tanque e coberto com pedaços de madeira, a poucos metros de onde a cova estava aberta. Antônio fugiu logo após o crime ser descoberto. Até sábado (28), ele não havia sido preso.
