O Rio São Francisco, um dos volumes de água mais importantes do Brasil, enfrenta sérias dificuldades ocasionadas pela seca e, por isso, não possui hoje o potencial esperado para encher os reservatórios de água e abastecer as cidades que dependem dele. Sobre essa situação, presente na Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco e Sergipe, representantes dos estados, estiveram reunidos, nesta terça-feira (17), na sede da Representação da Bahia em Brasília.
O representante do governo baiano, Jonas Paulo, explicou que esta reunião serviu para nivelar informações a serem usadas como base para um segundo encontro, que deve ocorrer no próximo dia 25. Os representantes dos estados vão se reunir com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Águas (ANA), também presente na reunião desta terça, para ampliar a discussão e pedir mais esforços.
O representante da ANA afirmou que o reservatório de Sobradinho na Bahia encontra-se com 2,49% de sua capacidade de armazenamento de água e que diversos órgãos federais têm se reunido discutir ações referentes à vazão e ao acompanhamento do nível dos reservatórios.
A preocupação é o abastecimento humano. Em cada estado, o governo local tem realizado ações emergenciais. Na Bahia, está em curso a implantação de flutuantes para a captação de água, tarefa a cargo da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). “Temos municípios na calha do rio com sistemas próprios de abastecimento e eles não possuem condições para investir em flutuantes, por exemplo”, alertou Jonas Paulo.
O tema tem sido tratado não apenas no Executivo. Também nesta terça, o Senado Federal discutiu a situação do Velho Chico em audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente. A agenda aconteceu pela manhã e o representante Jonas também participou.