As apresentações de diversos artistas que teriam seus altos cachês pagos por prefeituras foram citados pelo Ministério Público, que passou a investigar o repasse do dinheiro que deveria ser gasto com educação e saúde, desde que o sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou a tatuagem íntima de Anitta. O movimento foi chamado de “CPI do Sertanejo”.
Agora, pelo menos 36 cidades estão sendo investigadas por promover shows e eventos com grandes atrações e com a dispensa de licitação. Os valores gastos com os artistas são considerados pelo MP desproporcionais às receitas dos municípios.
De acordo com uma publicação da plataforma de entretenimento Splash, do UOL, o nome mais citado nos contratos investigados é o do cantor Gusttavo Lima, que chegou a cair em lágrimas quando passou a ser mencionado como um dos cantores que recebiam cachês milionários.
Com um show de pode passar de R$ 1 milhão, ele teve problemas com apresentações nos estados de Roraima, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.
Na Bahia, por exemplo, o sonho da prefeita de Teolândia, no baixo sul do estado, de conhecer o sertanejo foi arruinado após o STJ acatar o recurso do MP-BA que pedia a suspensão do show. O anúncio da proibição veio horas antes da apresentação. Um ônibus de Gusttavo chegou a ser visto no município.
“Cuida-se de gastos deveras alto para um município pequeno, com baixa receita, no qual, como apontado pelo Ministério Público da Bahia, o valor despendido com a organização do evento chega a equivaler a meses de serviços públicos essenciais”, disse Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em entrevista à CNN.
Veja os artistas mais citados:
- Gusttavo Lima (cinco contratos investigados)
- Wesley Safadão (quatro contratos investigados)
- Bruno e Marrone, Simone e Simaria, Ávine Vinny e Nattanzinho (um contrato investigado)