Marcelo Nilo nega defender fim do TCM mas avisa: “São R$ 170 milhões de economia”

Após receber um “não” do governador Rui Costa (PT) quanto à suplementação da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (sem partido) afirmou que cortaria “na carne”, no orçamento da Casa, e ao Varela Notícias nesta quarta-feira (24) garantiu que tem feito economia a fim de fechar as contas da Al-BA, para não cometer crime de responsabilidade fiscal.

“Estou cortando. Cortei, não dei aumento a várias comissões, cortei as assembleias itinerantes, cortei propaganda da Assembleia em TV e no rádio, reduzi livros que estávamos fazendo na Assembleia Cultural. Bloqueamos, demos o mínimo de valores para o telefone. Vai dar para fechar sim o orçamento deste ano. Pela primeira vez o governo do estado não está dando suplementação. O que ele repassou foram recursos da própria Assembleia”, disse.

O deputado também comentou a respeito do fim do Tribunal de Contas do Município e, apesar de garantir que não toma uma posição oficial sobre o assunto, deu motivos para não se ter o órgão fiscalizador e citou uma pesquisa feita pela Babesp.

“Pelo contrário, foi feita uma pesquisa e mais de 80% é favorável a um tribunal ao invés de dois. São 27 estados e só 4 no Brasil têm dois tribunais. Precisamos ser mais eficientes com um tribunal só. Eu sou presidente da Assembleia há 8 anos, tenho 50 prefeitos, quantos deles tiveram contas rejeitadas? Isso é problema do prefeito. Minas Gerais tem 800 municípios com um tribunal só. É justo, que com as dificuldades que estamos passando, tenhamos dois tribunais? O que eu defendo é a discussão política”, disse ao VN.

Rebatendo afirmações de alguns parlamentares que apontam para o mau funcionamento do TCE de Minas Gerais, Nilo negou.

“A informação que nós temos é que o tribunal lá funciona. Se você tem um tribunal só, com técnicos preparados, você julga as contas. Se os outros funcionam, por que só a Bahia não funcionaria? Tem que ter a discussão. Dizem que aqui não se discute. Quando eu coloco um tema desse para discussão, as pessoas deturpam. São 170 milhões de reais de economia, quantas casas se faz com isso?”, acrescentou.

Nilo negou que esteja defendendo o fim do TCM.

“Não estou defendendo, se eu quisesse defender o fim do TCM eu colocaria para votar nessa semana, e pelo menos 80% dos deputados querem. Você nunca ouviu na minha voz nem vai ouvir a defesa de que se mantenha ou acabe”, finalizou.