Com a justificativa de que as festas de São João são um formento à cultura local de cidades interioranas, as prefeituras destas investem em grandes programações abertas ao público. No entanto, observa-se que nem 60% da grade de artistas a serem apresentados são baianos.
Um exemplo dessa situação é na cidade de Ibicuí, local em que a festa deve custar aproximadamente R$1,4 milhões, das 25 atrações que tocarão no palco principal do evento, 11 são baianas – o que equivale a 44% do total de artistas.
A solução para pequenos artistas que não têm seus nomes inclusos nas grandes festas é fazer apresentações em eventos privados.
“É como se fosse uma seleção natural, para que os artistas de nomes maiores continuem ficando acima dos locais. Quem já está em cima e conseguiu fazer os contratos continua se perpetuando e fica difícil para quem está no início”, desabafa Jonas de Souza Azevedo, integrante do trio de forró tradicional Arredupé.