O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou a criação de um núcleo de inteligência para acompanhamento das eleições de 2022. A decisão foi apresentada em portaria assinada na última terça-feira (30) e publicada na quinta-feira (1º).
Segundo o texto, a proposta é “instrumentalizar o enfrentamento à violência política no processo eleitoral”, com a criação de um grupo de trabalho responsável por estudos e diretrizes a serem adotadas ainda neste ano.
A equipe será destinada a “coletar dados e processar informações de interesse da segurança pública durante o período eleitoral de 2022″. Alexandre de Moraes considerou necessário ter um serviço secreto próprio para não depender da Abin e do Sisbin, cuja atuação é muito influenciada por integrantes das Forças Armadas. O presidente do TSE quer se preparar para reagir a eventuais investidas contra o sistema eleitoral, serão três representantes de cada lado, tendo Moraes como presidente da força-tarefa. Para as polícias, os tenentes-coronéis Waldicharbel Gomes Moreira, do Distrito Federal; Lázaro Tavares de Melo da Silva, de Minas Gerais, e José Luís Santos Silva, da Bahia.
“Há necessidade de ações permanentes de inteligência, com a finalidade de identificar ameaças à normalidade do pleito”, diz a portaria assinada pelo ministro.