Na última quinta-feira (8), uma adolescente formalizou uma denuncia à Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL). A jovem sofreu transfobia em uma escola estadual em Rio Largo, na região metropolitana de Maceió.
De acordo com a vítima, que não teve o nome divulgado, ela foi impedida de fazer parte dos jogos internos da escola, além de ter sido humilhada por falas do diretor, de professores e de colegas.
O diretor da instituição de ensino teria dito, através de um sistema de som, que entendia que a vítima não era mulher, embora soubesse que ela se identificava com o gênero, e que, por essa razão, não deixaria ela entrar na competição do time feminino. A fala foi repetida em outras situações, gerando constrangimento.
A estudante explicou que os docentes reforçaram a postura da direção da unidade e que, desde então, ela teria sido xingada por outros estudantes.
“É chocante receber uma denúncia de transfobia dentro do ambiente escolar, vindo de quem deveria garantir a proteção para as crianças e adolescentes que frequentam aquele ambiente. A denúncia se refere especificamente à direção e aos professores da unidade de ensino, além, claro, dos estudantes. A OAB/AL vai atuar diretamente nesse caso e cobrar que os fatos sejam apurados e os responsáveis punidos”, explicou Marcus Vasconcelos, presidente da Comissão de Igualdade Sexual e Gênero da OAB/AL.
O presidente da Comissão encaminhará um ofício para a direção do colégio, cobrando detalhes acerca do episódio. Em caso de recusa ou de não retorno da demanda por parte da escola, a Secretaria da Educação será notificada.