Nesta quinta-feira (22), acontece em 20 municípios do interior da Bahia, uma mobilização deflagrada pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e os Núcleos (Neams), realizadas com ações sociais e esclarecimentos, com a finalidade é quebrar o ciclo de violência doméstica e familiar, que pode desencadear no assassinato de mulheres.
As ações são realizadas por unidades especializadas dos municípios de Paulo Afonso, Feira de Santana, Alagoinhas, Valença, Santo Amaro da Purificação, Santo Antônio de Jesus, Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Jequié, Vitória da Conquista, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Irecê, Jacobina, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Guanambi, Itapetinga e Porto Seguro.
Entre 1º de janeiro e 15 de setembro, foram registrados pelas Deams e Neams do Depina instauração de 4.895 inquéritos policiais, sendo encaminhados 4.476 ao Poder Judiciário. No mesmo período foram registradas 3.541 solicitações de medidas protetivas, o cumprimento de 70 mandados de prisão, além da realização de 238 ações sociais nas cidades assistidas pelas unidades especializadas.
As equipes das Deams e Neams realizam hoje, simultaneamente, uma mobilização para intensificar a denúncia de casos de violência doméstica e familiar, por meio de palestras, instruções, ações sociais e outros cuidados com o público feminino, além das orientações aos homens sobre suas responsabilidades neste processo.
São realizadas diversas atividades em cada cidade, entre elas, atendimentos psicológicos, jurídicos, cursos de maquiagem, sessões de estética, beleza e distribuição de kits de higiene pessoal, roupas e outros brindes.
“Esse é um tipo de crime que precisamos muito da colaboração da sociedade, pois denunciar ainda é uma grande arma para reprimir as violências psicológicas, patrimoniais e outras, supostamente, de menor potencial, que mais tarde podem evoluir para o feminicídio. Quando uma mulher sofre uma agressão física, outras ações violentas já lhe marcaram e feriram psicologicamente. Precisamos quebrar esse ciclo e evitar o feminicídio”, disse a diretora do Depin, delegada Rogéria Araújo.