Prefeitos baianos deliberam ações para enfrentar crise financeira

A reunião, que pretendeu planejar ações do movimento municipalista para o ano que se inicia, deliberou algumas providências no sentido de reduzir os danos provocados pela crise econômica que atinge os municípios.

Com custos em alta e receitas em queda, as prefeituras baianas enfrentam a pior crise financeira dos últimos sete anos. Seca, enchentes, queda de receitas, dívida previdenciária, ”calotes” de recursos acordados com governos estadual e federal, elevação de salário mínimo e piso do Magistério foram problemas discutidos entre os prefeitos na Assembleia Geral Extraordinária que a diretoria da UPB realizou nesta quarta-feira (13/01) com prefeitos associados.

Entre as decisões está a criação de uma comissão para encaminhar as demandas à Superintendência do INSS, evitando o sequestro de recursos para quitar dívida previdenciária; a solicitação de uma audiência com o Governador Rui Costa para discutir os restos a pagar de 2014 na saúde e estudar a alternativas para o reajuste do piso do magistério junto à Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Na reunião, prefeitos lamentaram o momento de queda das receitas, ao lembrar que o difícil momento para os cofres municipais pode prejudicar seus desempenhos nas campanhas à reeleição nas eleições deste ano. A presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, culpou a falta de repasses pelo governo federal. ”Todos os problemas enfrentados pela administração pública são resultado da falta de recursos”. Ressaltou ainda que as dificuldades enfrentadas são muito grandes e comum a todas as gestões, motivo pelo qual acredita que as atitudes a serem tomadas não podem ser feitas de forma isolada. ”A união de todos os prefeitos é muito importante na tentativa de mudar este cenário”.