Não fosse o forte sotaque carioca, o lateral-direito Maicon Silva passaria facilmente por baiano. Sorridente, “paz e amor” e brincalhão, o volante mal chegou à Toca do Leão e já se sente em casa. Um dos motivos para tanta alegria, segundo o jogador, é a energia de Salvador. “O povo baiano é muito acolhedor, bem diferente de Santa Catarina”, diverte-se ele, emprestado pelo Londrina, do Paraná, mas que defendeu o catarinense Criciúma em 2015.
E não é só a alegria e a espontaneidade que fizeram Maicon Silva chegar ao Vitória cheio de confiança. A contratação do lateral, 27 anos, foi aprovada por dois ídolos rubro-negros: Petkovic e Roberto Cavalo. Ambos foram treinadores de Maicon no Criciúma e foram consultados pela diretoria do Vitória.
Para retribuir o carinho, o lateral não perdeu tempo e vestiu logo a camisa vermelha e preta, ontem, durante sua apresentação oficial. Provisoriamente, ele recebeu o número 8, enquanto o 2 não fica pronto. Confortável com as novas cores, o carioca abriu um sorriso e recebeu elogios de Raimundo Viana. “Ficou bonito, viu?”, brincou o presidente.
Apesar de toda a receptividade, o dirigente mandou um recado para o reforço rubro-negro, que tem a missão de ocupar a vaga deixada por Diogo Mateus. “Tem que comer grama e gostar do tempero. Aqui você vai encontrar uma equipe coerente e que vai honrar com os compromissos. Esperamos o mesmo de volta”, avisou Viana, que recebeu um sorriso em troca. “Pode deixar”, disse Maicon.
O quebra-galho
Quem pesquisa sobre Maicon Silva lê e ouve relatos de que é um atleta rápido e de marcação forte. Apesar de características típicas de um lateral, o jogador começou a carreira em outra posição. “Comecei como volante no Nova Iguaçu. Fui quebrar um galho ali na lateral e estou quebrando esse galho até hoje”, contou ele, que confessa que há muito tempo não se aventura a jogar de volante.
Além do conforto de atuar onde se sente mais eficiente, Maicon está feliz em saber que o elenco passa por uma reestruturação após ter perdido peças importantes do time do ano passado. “É bem melhor chegar com o time em formação porque o jogador chega mais focado, menos disperso. Gosto de participar dessa nova formação”, animou-se. Na lateral direita, o único concorrente que o novo contratado encontra até agora é o garoto Alef, promovido das divisões de base.
