Sthéfanie Marques Ferreira Cândido, de 30 anos foi presa pela morte de um idoso de 72 anos, após, segundo a advogada dela, se defender de um estupro. O caso ocorreu no município de São Lourenço, no sul de Minas Gerais.
A advogada da acusada, disse que a mulher já conhecia o idoso, pois ele era cliente na barbearia em que ela trabalhava. Ele pediu para que ela fosse cuidadora dele no período noturno, pois a esposa dele estava viajando. A mulher aceitou porque precisava de dinheiro e no segundo dia de trabalho o caso foi registrado.
“Segundo o relato da Sthéfanie, foi estupro consumado. Por mais que não tenha ocorrido penetração, teve a prática de ato libidinoso, o que já configura estupro. Ele tentou beijá-la e ela o empurrou. Em seguida, ele a segurou e passou a mão pelo corpo dela. Ela conseguiu reagir e eles tiveram uma briga corporal. Em um certo momento, ela conseguiu ficar por cima dele e começou a apertar o pescoço dele, até que ele desfaleceu”, relatou a advogada.
Conforme informações do promotor de justiça Fernando Luiz Fagundes Vieira da Silva, que analisou o caso, Sthéfanie disse em depoimento que após cair no chão, passou a esganar o homem, identificado como Jorge Valentim , com as duas mãos e que ele tentava reagir, mas ela apertava mais forte. Que esganou Jorge por três minutos até que ele desfaleceu.
Ainda segundo o depoimento, o caso aconteceu na cozinha da casa. Ela então enrolou Jorge em um edredom e o puxou pelos pés para o quintal e deixou o corpo perto da área de serviço e escorou com pedras para ele não rolar. A mulher foi até a barbearia e tentou fazer curativo no joelho machucado, mas como continuou sangrando, foi até o quartel da PM e pediu ajuda. Para os militares, ela informou que cortou o joelho lavando a cozinha, sendo socorrida ao hospital, onde repetiu a história.
Ainda conforme o promotor, ela foi denunciada “porque, eventual conduta de Jorge, cessada quando a vítima foi empurrada ao solo, não autorizaria Sthéfanie a prosseguir, ajoelhando-se sobre ele e exterminando sua vida mediante esganadura”.
De acordo com o Ministério Público, a alegação de estupro tentado/importunação sexual, não foi afastada nem confirmada, por não deixar vestígios periciáveis e não haver câmeras no imóvel.
O MP também informou que a denúncia foi oferecida e distribuída em 7 de novembro, mas ainda não foi concluso ao juiz para eventual recebimento da denúncia. Sthéfanie foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após decisão judicial, mesmo contando aos policiais sobre a tentativa de estupro. Ela está, desde então, detida no presídio de Santa Rita do Sapucaí.