Eduardo Cunha pede que STF adie julgamento contra ele na Lava-Jato

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou nesta segunda-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma petição para que a Corte adie do julgamento da denúncia contra o parlamentar no âmbito da Operação Lava Jato, marcado para a quarta-feira, 2.

A defesa de Cunha pede ao ministro relator do processo, Teori Zavascki, a reabertura do prazo para oferecer resposta sobre a denúncia oferecida em agosto do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com os advogados de Cunha, há dois agravos regimentais ainda não analisados pelo ministro relator e que podem influenciar a formulação da defesa. "O julgamento desses agravos regimentais deve anteceder não só a análise do recebimento ou rejeição da denúncia, mas devem ocorrer em sessão própria", argumentam os advogados.

A ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) foi denunciada junto com Cunha por suposta participação na pressão pelo pagamento de valores irregulares. Depois do oferecimento da denúncia, a PGR ofereceu um aditamento com depoimentos do delator Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

No pedido da defesa do presidente da Câmara consta o argumento de que, caso Teori leve os agravos para julgamento no mesmo dia da análise sobre a denúncia, o processo penal poderá ter a tramitação tumultuada "diante da grande quantidade de questões fáticas e jurídicas em debate no caso concreto".