O que poderia resultar da junção do punk rock com o brega, com uma pitada de forró e heavy metal, além de pagode e letras escrachadas? No Brasil, essa é a definição básica para falar dos Mamonas Assassinas. Em 23 de junho de 1995, há 20 anos, chegava às lojas o primeiro e único disco da banda, que revolucionou a música brasileira.
A trajetória meteórica dos Mamonas Assassinas durou apenas oito meses, até o avião em que a banda viajava se chocar contra a Serra da Cantareira e matar todos os ocupantes – além dos cinco integrantes, o piloto, o copiloto e dois assistentes morreram na tragédia. Os Mamonas se tornaram ícones e referências até os dias atuais.
Então é isso creuzebeck, dê o play no disco abaixo e descubra 20 curiosidades da banda que é very porreta até hoje:
1. O grupo Mamonas Assassinas era formado por cinco integrantes
Dinho (voz e violão), Bento (guitarra e violão), Samuel (baixo), Sérgio (bateria) e Júlio (teclados e backing vocal).
2. Sérgio e Samuel Reoli eram irmãos
Os dois formaram a base dos Mamonas Assassinas ao fundarem a banda Utopia no final dos anos 80.
3. O verdadeiro nome de Dinho era Alecsander
O apelido foi dado por sua avó, que não conseguia falar o nome do neto.
4. Outros nomes foram cogitados para a banda
Entre eles: Tangas Vermelhas, Coraçõezinhos Apertados e Um Rapa da Zé.
5. Os shows custavam até R$ 70 mil
Eles chegaram a fazer três shows por dia! Apenas os estados do Acre e do Tocantins não foram visitados pela banda.
6. O disco vendeu 3 milhões de cópias
Lançado em CD, LP e K7, o álbum dos Mamonas Assassinas recebeu o certificado de Disco de Diamante da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD).
7. O único álbum dos Mamonas tem apenas 39 minutos
Mais precisamente 39 minutos e 8 segundos.
8. Quem era Creuzebeck?
Derivado de “playback”, era uma brincadeira dos integrantes com Rick Bonadio, produtor do álbum.
9. Músicas mais tocadas de 1995
“Vira Vira” foi a segunda música mais tocada no Brasil naquele ano, e “Pelados em Santos” ficou em terceiro lugar. Ambas perderam apenas para “Take a Bow”, da Madonna.
10. Troféu Imprensa
“Pelados em Santos” ganhou o Troféu Imprensa de Melhor Música de 1995. O grupo também ganhou o prêmio de Revelação do Ano.
11. “Pelados em Santos” ganhou versão em espanhol
Com título “Desnudos em Cancún”, foram os próprios Mamonas que regravaram o sucesso.
12. “Robocop Gay” é uma homenagem a personagem de Jô Soares
O personagem Capitão Gay fez bastante sucesso na televisão durante os anos 80.
13. Uma música ficou de fora do disco
“Não Peide Aqui, Baby”, a paródia de “Twist and Shout”, dos Beatles, tinha muito palavrão.
14. Apenas duas músicas viraram temas de novela
“Sabão Crá Crá” foi tema do personagem Mocotó (André Marques) em “Malhação”, da Globo, em 1996, e “Robocop Gay” fez parte da trilha sonora de “Caminhos do Coração”, da Record, em 2007.
15. “Lá Vem o Alemão” contou com participações especiais
Membros do Negritude Júnior e do Art Popular participaram da sátira de “Lá vem o Negão”, que fazia muito sucesso na época.
16. O símbolo dos Mamonas é uma homenagem à Volkswagen
Além de colocar uma Brasília e uma Kombi em suas letras, a banda homenageou a construtora automotiva em seu símbolo: inverteram a logo da Volks na vertical e fizeram poucas alterações.
17. Mamonas Assassinas como tema de escola de samba
“De Guarulhos para o palco da folia, sonhos, irreverência e alegria. Mamonas para sempre!”, foi o enredo da Inocentes de Belford Roxo, do Rio de Janeiro, em 2011. Eles ficaram em 8º lugar naquele ano, no Grupo de Acesso, mas emocionaram muita gente.
18. Falando em emoção, 65 mil pessoas acompanharam o enterro do grupo
Foi uma das maiores carreatas do país. Escolas chegaram a dispensar os alunos devido ao luto dos estudantes.
19. Músico sonhou com acidente na noite anterior
Em 2 de março de 1996, o tecladista Júlio Rasec disse a um amigo que havia sonhado com um acidente de avião naquela noite. O depoimento foi gravado em vídeo e ganhou enorme repercussão, principalmente por esse ter sido no dia da tragédia.
20. Mamonas nos cinemas?
A história do grupo já virou tema de alguns documentários, mas uma cinebiografia com o apresentador Rodrigo Faro no papel de Dinho chegou a ser anunciada em 2013. Entretanto, a produção foi cancelada no começo do ano passado.