Na quinta (1º), o Ministério Público da Bahia denunciou nove pessoas por fraude milionária em processos judiciais em Paulo Afonso.
A acusação é de que a organização criminosa era composta pelo juiz aposentado Rosalino dos Santos Almeida, advogados, serventuários e cidadãos comuns. Foram denunciados por crimes de organização criminosa, fraude processual, uso de documento falso, estelionato e lavagem de capitais.
De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, o grupo tinha acesso a dados de clientes que mantinham grandes quantias em conta-corrente, sem movimentação. As informações eram repassadas aos advogados que, com base em documentos falsos, faziam ações judiciais, às vezes criando personagens e parentescos inexistentes.
Os promotores de Justiça enfatizaram que, para assegurar o êxito do esquema criminoso, eles procuravam direcionar (fraudulentamente) as ações para uma determinada unidade judiciária, na qual contavam com a cooperação criminosa de serventuários e um juiz de Paulo Afonso.
Em uma ação, a organização levantou mais de R$860 mil para os seus integrantes.
A ‘Operação Turandot‘, 3ª etapa da ‘Operação Inventário’, deflagrou-se em 7 de junho, com 8 mandados de prisão preventiva da 1ª Vara Criminal de Paulo Afonso. A polícia prendeu oito pessoas, três em Salvador, quatro em Paulo Afonso e uma em Aracaju.