Após alguns dias do fim do seu contrato com o Esporte Clube Bahia, o lateral-esquerdo Ávine segue tecendo duras críticas para a diretoria tricolor. Em entrevista ao site Aratu Online nesta quinta-feira (3), o ex-atleta do Esquadrão afirmou que o gerente de futebol Éder Ferrari "não tem uma postura de como deveria ter dentro do clube".
Ávine também acusou o gestor tricolor de perseguir funcionários no Bahia. "Teve até uma perseguição dele em cima de um funcionário do clube, não só de um , de outros também. Eu fiquei chateado com isso..", declarou.
Na mesma entrevista, o veículo deu a oportunidade do dirigente tricolor emitir a sua resposta. Nas suas palavras, Ferrari admitiu ter mentido para Ávine voltar a jogar em 2015. Na ocasião, Ávine, sob o comando do técnico Sérgio Soares, atuou diante do Paysandu, no dia 22 de julho, pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil.
Confira o depoimento de Éder Ferrari:
"Realmente eu não devo ter postura. Menti ano passado para ele (Ávine) jogar. Na véspera do jogo contra o Paysandu, Sérgio Soares estava sem os laterais que vinham jogando. Sérgio, depois de uma conversa que tivemos, então decidiu colocar Ávine. Porém, no treino, que antecedia à partida, já se passava das 8h30, horário que começava a atividade no campo, e nada de Ávine no Fazendão.
Aliás, como de costume. Liguei para ele e ele estava acordando. Era 8h35. Expliquei a situação , que ele iria voltar a jogar no dia seguinte. Inventei uma história de supetão. Disse que era para ele vir correndo e dizer a Sérgio ( Soares) que tinha me ligado umas 6 horas da manhã, dizendo que tinha ido ao hospital levar o filho, que havia passado mal a noite. Por isso chegaria atrasado ao treino. Assim foi feito. Confirmei a “história” a Sérgio.
Ávine chegou depois de 9 horas, participou de 20 a 25 minutos no máximo da atividade e jogou no outro dia. Se não fosse eu, mentindo para protegê-lo, ele nem teria voltado a jogar ano passado. Realmente essa atitude que tomei, é de quem não tem postura e persegue os funcionários…"