A diarista Maria Geni Lourenço de Oliveira, de 41 anos, que confessou ter matado a filha de apenas três dias, em Ponta Grossa, no Paraná, contou para a polícia que cometeu o crime por “questões financeiras”. Ela também enganou vizinhos dizendo que havia dado a criança para que eles não suspeitassem do crime. As informações foram confirmadas ao EXTRA, nesta quarta-feira, pelo delegado Josimar Antônio da Silva, da 13ª Subdivisão Policial (SDP), que ouviu a suspeita e investiga o caso.
De acordo com o investigador, o crime aconteceu na noite de domingo, no bairro Jardim Panorama, na região do Contorno, horas após a mulher ter deixado a maternidade com a menina. A diarista contou que usou um facão para cortar o pescoço da recém-nascida. Em seguida, escondeu o corpo da vítima em um saco plástico, que foi posto sob telhas, no quintal da casa onde ela vivia. A diarista foi presa no dia seguinte por agentes da Polícia Militar, que receberam uma denúncia anônima sobre o assassinato.
— Ela deixou a maternidade por volta de meio-dia e quando foi meia-noite e meia ela cometeu o crime. Ela praticamente me disse que agiu por questões financeiras, porque é muito pobre. Mas não deu muitos detalhes. Ela ficou tentando achar uma justificativa para o injustificável — contou o investigador.
Ainda segundo o delegado, a mulher chegou à delegacia e lamentou o ocorrido.
— Ela se mostrou arrependida e disse que se pudesse passar uma borracha em tudo, passaria.
O agente contou ainda que a suspeita enganou os vizinhos para que eles não estranhassem o sumiço da pequena.
— Ela disse para quem apareceu para visitar o bebê que o havia dado.
A arma usada no crime, um facão, foi apreendida no interior da casa da suspeita. Maria Geni pode responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Nesta segunda-feira, ela foi levada para uma penitenciária da região. Ainda será apurado se a mulher sofre de algum transtorno psicológico. O pai da criança não foi identificado.
O EXTRA entrou em contato com a Prefeitura de Ponta Grossa para saber se a suspeita fazia algum tipo de acompanhamento psicológico no sistema público de saúde, mas ainda não teve retorno.
O corpo da recém-nascida foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. A mulher, segundo a polícia, tem um filho de 20 anos, que não estava na casa na hora do crime.