Temendo uma possível prisão após perder o foro privilegiado com o término do seu mandato presidencial, Bolsonaro procurou orientação com profissionais da área jurídica.
Recentemente, o presidente se aconselhou com advogados próximos e, logo, percebeu que não seria penalizado pela decisão de não repassar a faixa presidencial ao presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Todavia, nas conversas, o presidente teria sido orientado a deixar o Brasil antes do dia 1º de janeiro, data em que o petista toma posse, e Bolsonaro perde o foro privilegiado. Pessoas próximas ao gestor chegaram a relembrar a prisão do ex-presidente Michel Temer.
Segundo fontes do governo, a hipótese de uma possível prisão tem assombrado o mandatário desde a derrota.
De acordo com as avaliações, sem foro, qualquer juiz de primeira instância poderia decretar a prisão de Bolsonaro. Ainda que permanecesse poucas horas em uma delegacia, haveria constrangimento.
Embora o medo ronde o presidente, o recesso do Judiciário enfraquece possibilidade momentânea. O perigo, realmente, pode surgir a partir de fevereiro, quando o Poder Judiciário voltar a trabalhar de forma plena.
A possível viagem do presidente para os Estados Unidos vem sendo noticiada nos últimos dias, mas não houve nenhuma confirmação por parte das autoridades até o momento. Caso ocorra a viagem, o Congresso precisa ser avisado, o que não aconteceu até a noite de quinta-feira (29).
Também é importante ressaltar que o Diário Oficial da União chegou a publicar, nesta semana, que um profissional iria para os EUA para compor a “segurança familiar” de Bolsonaro.