Novo presidente da Fifa tem nome envolvido em escândalo em paraísos fiscais

O recém-eleito presidente da Fifa, Gianni Infantino, teve o nome envolvido no esquema Panama Papers, escândalo no qual empresas criaram contas em paraísos fiscais para ocultar fortunas e contratos. Infantino foi citado nesta terça-feira (5) em reportagem publicada pelo jornal "The Guardian".

Segundo a publicação, documentos de 2006 referentes a acordos de transmissão de TV dos jogos da Liga dos Campeões para o Equador foram negociados por uma offshore com a Cross Trading, empresa vendida meses depois por um valor acima do mercado. Na época, Infantino foi um dos dirigentes da Uefa que assinou os contratos.

A empresa que Infantino realizou a negociação era registrada em um paraíso fiscal no Pacífico Sul. Três meses depois de adquirir os direitos por US$ 111 mil, a Cross Trading os revendeu para a Teleamazonas por US$ 311.170 mil.

A Cross Trading era ligada ao empresário Hugo Jinkis, que se entregou à justiça americana pelo envolvimento nos casos de corrução na Fifa. A Uefa disse que desconhece o envolvimento de Jinkis em relação às negociações pelos direitos de transmissão.