Um grupo de estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, em Serrinha (BA), elaborou o projeto LSAC, um laboratório sustentável de análises clínicas, com a finalidade de aproveitar materiais que, antes, seriam descartados como lixo.
“Os equipamentos recriados com sucatas tendem a ter aproximadamente a mesma potência de que um originalmente industrial. Por isso, enxergamos uma vantagem de prosseguir com esse projeto, já que a diferença de preço entre um aparelho novo e um sucateado é significativo, pois possuem o mesmo resultado”, informou Kauany Santos, uma das integrantes da equipe.
O grupo utilizou uma variedade de materiais, tais como: carcaça de ventilador, motor, temporizador de tanquinho, cano de PVC, madeira, papelão, entre outros.
Conforme a aluna, a ideia é trabalhada há anos. Ela conta que o intuito é utilizar esses resíduos para criar um laboratório eficiente e mais barato.
“O laboratório é desenvolvido há alguns anos, tendo início com alguns ex-alunos e repassado até o grupo atual. O objetivo é criar equipamentos de um laboratório clínico a partir de sucatas que inicialmente iriam para o lixo, a fim de proporcionar mais acessibilidade para instituições de ensino”, afirmou.
Já foram criadas e testadas algumas ferramentas, como, por exemplo, o homogeneizador sanguíneo, o cantador de manual de célula de defesa e o agitador de Kline.
O projeto é parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, e foi um dos vencedores da 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA). A proposta, segundo Pachiele, orientadora do LSAC, pode beneficiar tanto as escolas quanto os laboratórios.
“Queremos melhorar a acessibilidade de colégios pequenos que possuem o curso técnico de análises clínicas e, até mesmo, laboratórios que procuram algo com melhor custo-benefício”, disse a orientadora.