Em uma onda de ações caindo e muitas empresas grandes dispensando funcionários, a Apple também não foi imune a esses eventos econômicos. A empresa apresentou os seus números referentes ao primeiro trimestre fiscal de 2023 na quinta-feira (2) e revelou seu primeiro prejuízo do ano, o que não ocorria desde antes da disseminação da covid.
O cenário se deve, em parte, às dificuldades de estoque que a companhia enfrentou, o que resultou numa diminuição de 8% nas vendas de iPhone, especialmente do seu mais recente modelo: o iPhone 14 Pro e Pro Max. Em novembro de 2022, devido ao aumento dos casos de covid-19 na China, a Apple avisou aos investidores que as exportações do smartphone seriam afetadas pelas limitações e pelos bloqueios na Foxconn, principal fabricante de iPhones da Apple, em Taiwan.
A queda, contudo, não se limitou ao iPhone, as vendas de computadores Macs também decaíram: 29% quando comparadas ao ano de 2021 (o movimento já havia sido previsto devido ao alto desempenho anterior vindo do lançamento de novos modelos). Os wearables (que incluem o Apple Watch e os AirPods) também tiveram uma baixa demanda. Por outro lado, as vendas do iPad cresceram 30%, indicando que os novos modelos foram bem-sucedidos.
Em linhas gerais, o último trimestre apresentou a maior redução de rendimento trimestral da companhia desde 2019 (período anterior à pandemia).
Tim Cook, CEO da companhia, se mostrou bastante otimista em comunicado divulgado com os resultados, apesar dos números.
“Como todos nós continuamos a navegar em um ambiente desafiador, estamos orgulhosos de ter nossa melhor linha de produtos e serviços e, como sempre, continuamos focados no longo prazo e lideramos nossos valores em tudo o que fazemos.”, informou em nota.
Ainda em nota oficial, Cook enfatizou que a Apple atingiu uma conquista importante em sua trajetória (apesar dos números), alcançando a marca expressiva de 2 bilhões de dispositivos da marca ativos no mercado, entre iPhones, iPads, Macs e outros tipos de equipamentos.
Vale lembrar que, em conversa com a CNBC, o CEO reconheceu a dificuldade do momento e disse que a companhia pode começar a economizar. O que significa que a Apple pode ser a próxima a anunciar reduções em seu quadro de funcionários.