O câncer ainda é a principal doença que resulta em morte no mundo, com mais de 19 milhões de diagnósticos em 2020. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maior é probabilidade do paciente se recuperar. Contudo, os métodos de detecção utilizados atualmente são invasivos e caros.
Futuramente, as formigas podem reverter a situação atuando como um novo tipo de biodetector mais acessível. Seu olfato apurado pode, inclusive, substituir equipamentos modernos, conseguindo identificar diferenças sutis entre moléculas em amostras biológicas.
Os cientistas descobriram que as formigas conseguem identificar amostras de células cancerígenas e sadias pelo odor da urina de ratos de laboratório.
“As formigas mostram o potencial de se tornar uma ferramenta rápida, eficiente, barata e não invasiva para a detecção de tumores”, afirmou Baptiste Piqueret, etólogo da Universidade Sorbonne.
Entretanto, as formigas não indicaram diferença na capacidade de detectar a presença de pequenos ou grandes tumores. Isto é, elas fazem a mesma coisa em relação a ambos.
“Nosso método precisa de mais validações usando diferentes tipos de tumores/câncer e, mais importante, amostras de origem humana, antes de ser considerado adequado como teste de rotina para o rastreamento do câncer”, explicam os pesquisadores.