O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram um novo programa do governo federal para reduzir as filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no Sistema Único de Saúde (SUS). R$ 200 milhões serão investidos inicialmente.
Segundo a gestão, cada estado deve apresentar um plano de ação com as prioridades locais para ter acesso aos recursos. Conforme o anúncio feito na segunda-feira (6), a atenção, logo no início, será voltada para a diminuição das filas para cirurgias eletivas, especialmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. Em seguida, o foco será os exames e as avaliações de especialistas.
De acordo com Nísia, em alguns lugares, já existem políticas de redução das filas com resultados satisfatórios. “Alguns estados têm planejamentos avançados. A situação do Brasil é muito desigual”, ponderou a ministra Nísia. Ela explicou ainda que cada plano incluirá metas pactuadas com o Ministério da Saúde.
Lula avaliou, no seu discurso, que a população mais pobre tem um acesso distante a médicos especialistas.
“Ele até tem acesso ao centro de saúde para fazer a primeira consulta. Mas quando o médico pede para ele visitar um outro especialista, ele espera oito meses, nove meses, um ano. Às vezes morre sem ter o atendimento”, disse o presidente.”Nem todo mundo pode pagar um oftalmologista. Parece uma coisa muito distante do pobre”, disse o presidente.