Um homem de 20 anos acusou um médico de abuso sexual durante consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jaraguá, em Maceió. O crime teria sido cometido na noite de sábado (11), e a vítima prestou depoimento oficialmente na última segunda-feira (13). A direção administrativa da UPA comunicou que o profissional, de 37 anos, foi demitido. A defesa dele afirma que as acusações são falsas.
“Inicialmente a defesa do acusado ressalta que confia no trabalho da polícia e que no transcorrer do inquérito tudo será esclarecido para sociedade alagoana, destaca-se ainda que existem diversos documentos probatórios que comprovam o contrário do alegado pela suposta vítima, inclusive gravações”, disse o advogado Victor Albuquerque.
O rapaz explicou que foi em busca de atendimento médico na UPA do Jaraguá por suspeita de herpes. O médico teria informado a ele que precisaria realizar um exame de toque retal. O jovem, por sua vez, contou que, em certo ponto, o profissional o segurou com as duas mãos pelos quadris e o penetrou.
“Sugeriu que fizesse o toque retal. Achei que estava dentro da normalidade e ele prosseguiu com o exame, mas então durante o exame eu senti que as duas mãos dele estavam estavam no meu quadril. E então quando eu percebi virei para trás e vi que ele estava me penetrando. Eu fique sem reação. Só virei. Não tive. Não consegui fazer nada. Ele começou a se desculpar e disse ‘desculpa, eu me confundi, achei que era isso que você queria’. Ficou se desculpando e ficou cerca de uns 15, 20 minutos tentando mudar o foco da conversa e depois pediu para que eu não falasse para ninguém. Eu tentei enrolar ele porque eu só queria sair dali, sabe”, contou o paciente.
Após sair da UPA, na madrugada de domingo (12), o paciente registrou queixa na Central de Flagrantes. A partir de hoje (13), a Polícia Civil ouvirá testemunhas e o médico para poder apurar as circunstâncias do caso.
“Foi feito o depoimento, o registro de ocorrência e a vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito. Como não havia comprovação imediata da prática, o médico se apresentou com advogado e se comprometeu a prestar todos os esclarecimentos a posteriori”, relatou o chefe de serviço do 2º DP, Luciano Pereira, que recebeu o inquérito.