“Espero que a Câmara não seja puxadinho da prefeitura e reabra a CPI da Saúde”, disparou Marconi

“Não podemos de forma alguma fazer uma política que beneficie A ou B, interesses de alguém, mas sempre do povo”. Esse foi o discurso inicial do vereador e líder da oposição na Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, Marconi Daniel (PV), durante a retomada dos trabalhos na Casa Legislativa nesta quinta-feira, 23.

Ainda na tribuna, o parlamentar afirmou que: “a bancada de oposição sempre vinha falando a verdade e ninguém queria acreditar, muito pelo contrário, estavam sendo omissos diante da realidade”, contou.

Marconi relembrou situações que reforçam a tese de que a atual gestão está desgastada. “É um verdadeiro desmando do desgoverno que está aí. Batíamos na tecla em relação à relação entre o primeiro e o segundo ministro, que são pessoas que mandam na prefeitura, diferente do prefeito Luiz de Deus. Muitas denúncias em relação à falta de pagamento são procedentes, e existem mais denúncias, como a falta de água em cisternas para beber e, mesmo diante da situação, a prefeitura apresenta um orçamento de R$ 9 milhões”, destacou.

O vereador relatou ainda alguns problemas que continuam sendo recorrentes na cidade. “É o PSF sem atendimento digno e humanizado. Falta dipirona e tantos outros medicamentos.

E completou: “Recebi um comunicado sobre a árvore de Natal que se tornou um marco das dívidas de Paulo Afonso. A árvore não foi desmontada porque até hoje o dono da estrutura não recebeu pagamento por parte da prefeitura. Isso é um verdadeiro descaso”, lamentou.

Como se não bastasse o vexame da árvore de Natal, outros problemas já começam a surgir. “Não tivemos carnaval, isso todo mundo viu, e garantia de São João não temos. Aquela ornamentação do ginásio de esportes feita para a Copa do Mundo, até hoje, não foi pago nenhum centavo”, diz.

Marconi destacou ainda uma polêmica envolvendo funcionários públicos. “Estamos com documentos de várias pessoas, servidores públicos do município que não estão tendo repasse de taxa para o INSS. O indivíduo terá que trabalhar mais quatro anos porque a prefeitura pegou parte do dinheiro do funcionário público. Estamos vendo a prefeitura abandonando o servidor para engordar os donos de empresas de consultoria. Isso é um escândalo”, criticou.

Por fim, o parlamentar pediu a reabertura das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Saúde de Paulo Afonso.

“Todos assistiram ao descaso de empresas vendendo mercadoria na época da pandemia, e muitas dessas empresas eram pet shop. Tivemos caso de empresa que forneceu equipamentos para a prefeitura e o endereço constava que era uma Igreja Universal. O município comprou ainda respiradores usados para beneficiar os seus. O fato é que a sentença está vigente, tendo multa diária de R$ 10 mil reais e não iremos aceitar que esse valor seja pago pelo município. Ordem de juiz tem que ser obedecida. Agora a esfera é no âmbito jurídico. Espero que a Câmara não seja puxadinho da prefeitura e reabra esse caso”, finalizou.