A Bahia, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), lidera o Brasil na geração total de energia eólica (31,17%) e solar (27,08%), conforme os dados de 2022. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) também informou que o estado possui 265 parques eólicos e 46 parques solares fotovoltaicos em funcionamento, com aportes financeiros que totalizam R$ 34 bilhões, e capacidade instalada de 7 Gigawatts (GW) de eólica e 1,3 GW de solar. A estimativa é que sejam investidos mais R$ 62 bilhões para a construção de parques eólicos e de energia solar. Os números estão nos Informes Executivos de Energia Eólica e Solar divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
“Nosso estado possui um alto potencial de energias renováveis e vamos perseguir o status de estado líder na economia verde. Queremos construir um ambiente saudável, um ecossistema para um novo modelo de economia sustentável, vinculado à necessidade de cuidar do meio ambiente. Trazer um forte engajamento da Bahia, com todas as suas peculiaridades, com seus potenciais, para que assim possa fazer com que o Estado seja o primeiro a obter o selo verde. A questão climática está entre as principais pautas da SDE”, pontua Ângelo Almeida, Secretário de Desenvolvimento Econômico.
A previsão de gastos com as 186 usinas eólicas em construção ou em fase de planejamento é de aproximadamente R$ 32 bilhões. Além disso, são esperados 73 mil novos postos de trabalho em toda a cadeia produtiva. A energia solar já tem 22 parques em construção e 234 outros devem ser implantados futuramente. Os investimentos planeados são aproximadamente R$ 44 bilhões e devem criar, direta ou indiretamente, mais de 292 mil vagas nos anos seguintes em toda a cadeia produtiva.
É relevante ressaltar que o estado mantém a produção de partes para geradores eólicos e, recentemente, o Governo do Estado assinou um protocolo de intenções de investimento com uma fábrica de pás eólicas que deseja se instalar na Bahia, com o objetivo de fornecer tanto para o mercado interno quanto externo. A produção de partes para painéis fotovoltaicos será o próximo movimento na consolidação deste setor, e o governo já está conversando com grandes companhias multinacionais para trazer este investimento.