Com base nas informações fornecidas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), é possível afirmar que o Nordeste do Brasil é líder na produção de energia renovável, principalmente em energia eólica e solar. A região abriga quatro dos cinco estados com maior produção de energia eólica e três dos cinco estados com maior produção de energia solar do país. Em janeiro de 2023, a região produziu mais de 9.200 megawatts médios de energia eólica e solar, o equivalente a duas usinas do tamanho de Belo Monte.
A vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, Talita Porto, ressalta que a região possui excelentes condições climáticas para a produção de energia renovável, com bons ventos e insolação ao longo de boa parte do ano. Isso tem atraído investidores interessados na implantação de usinas solares e eólicas na região, o que tem gerado um ciclo virtuoso para as economias locais.
Além disso, a região nordeste tem se destacado no mercado de hidrogênio renovável, atraindo investidores estrangeiros. A previsão é que, em 2023, mais de 50 novas usinas eólicas e seis fazendas solares entrem em operação na região nordeste, de acordo com a CCEE em parceria com a ANEEL.
Entre os estados da região nordeste, a Bahia lidera a produção de energia eólica e solar, com um total de R$ 34 bilhões em investimentos e capacidade instalada de 7 GW de eólica e 1,3 GW de solar. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo da Bahia, mais R$ 62 bilhões serão investidos na construção de parques eólicos e solares na região, com a estimativa de 186 usinas eólicas em construção ou projetadas, além de 22 parques solares fotovoltaicos em construção e 234 previstos para implantação futura.
Por fim, é importante destacar que a produção de energia renovável gera empregos, investimentos e desenvolvimento de cadeias industriais nas regiões onde as usinas são implantadas, beneficiando diretamente as economias locais. Com a expansão da produção de energia eólica, solar e hidrogênio renovável, a região nordeste do Brasil segue em destaque na transição energética para uma matriz mais limpa e sustentável.