Padre Kelmon, que concorreu à Presidência da República pelo PTB nas eleições de 2022, está processando a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil e solicitando uma indenização de R$ 500 mil por danos morais e direito de resposta. O ex-candidato, que se autodenomina sacerdote ortodoxo, alega ter sido prejudicado durante a campanha eleitoral, quando a igreja em questão divulgou uma nota afirmando que ele não tinha qualquer vínculo com igrejas de comunhão ortodoxa.
Na época, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também publicou uma nota alegando que Kelmon não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana. Ele havia sido desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil e anunciou que faria parte da Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior.
O advogado do Padre Kelmon, Diego Maxwell, afirmou que a imagem e a dignidade do seu cliente foram abaladas, e que a notícia de que ele era um falso padre foi divulgada de forma indevida. Segundo ele, a igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil teria prejudicado a reputação do seu cliente durante a campanha eleitoral.
O processo movido pelo Padre Kelmon suscita questões éticas acerca do uso da imagem religiosa por candidatos políticos. A candidatura do padre já havia gerado polêmica antes, levantando questionamentos sobre se era ético para um religioso concorrer a um cargo político. O resultado deste processo pode ter implicações para futuras candidaturas de sacerdotes e outros líderes religiosos.