O Ministério da Educação está elaborando um projeto nacional de combate à violência nas escolas após o ataque com machadinha em uma creche particular de Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de quatro crianças e deixou outras quatro feridas, nesta quarta-feira (5). O professor Daniel Cara, que participou do governo de transição entre Bolsonaro e Lula, confirmou em entrevista à BandNews a criação de um grupo de trabalho para elaboração do plano de prevenção a casos semelhantes.
Daniel destaca a importância do monitoramento da internet, uma vez que muitos ataques são planejados ou propagandeados na rede. Ele afirma que a política nacional de combate à violência nas escolas precisa informar a sociedade sobre esses casos e fazer um trabalho forte com as comunidades escolares para identificar riscos e criar protocolos de resposta preventivos e no momento dos ataques.
“Todos os ataques, ou são planejados na internet, ou propagandeados na internet. Há uma série de comunidades de pessoas que tratam estes ataques como algo desejável”, afirmou.
Segundo o professor, é necessário fazer um trabalho forte com as comunidades escolares para identificar os riscos desses casos e criar protocolos de resposta preventivos e no momento dos ataques.
“Vai ser estabelecido um grupo de trabalho para dar sequência ao relatório da transição. O primeiro é monitorar, o segundo é fazer uma política nacional de combate à violência nas escolas, que é o que a Educação vai fazer e na sequência, é preciso que a política nacional nas escolas precise informar a sociedade sobre os casos”, declarou.
O autor do ataque em Blumenau, um homem de 25 anos, se entregou às autoridades após o atentado, conforme informações da Polícia Militar. A criação do grupo de trabalho proposto pelo Ministério da Educação pode ser uma medida importante para prevenir futuros casos de violência nas escolas.