A Polícia Civil da Bahia conduziu 16 adolescentes para unidades em Salvador e no interior do estado em uma operação de combate a ameaças em escolas. A operação, denominada “Escola Segura”, começou na segunda-feira (10) e resultou em 16 procedimentos relacionados ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A ação contou com a união das equipes dos Departamentos de Inteligência Policial (DIP), da Polícia do Interior (Depin) e da Polícia Metropolitana (Depom), com o apoio do Laboratório de Inteligência Cibernética (Cyberlab). Durante a operação, foram compreendidos aparelhos celulares e outros dispositivos eletrônicos, que serão analisados pelo Cyberlab.
Sete adolescentes foram encaminhados para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), em Salvador, e dois deles foram levados para a Promotoria da Infância e da Juventude, do Ministério Público da Bahia. Os demais foram liberados para a família após a assinatura de um termo de responsabilidade pelos pais ou responsáveis.
No interior do estado, nove adolescentes foram conduzidos por atos infracionais relacionados a ameaças em escolas. Também foram liberados para os familiares, condicionados a um termo de responsabilidade assinado pelos pais ou responsáveis.
O coordenador do Cyberlab, delegado Delmar Bittencourt, enfatizou que todos os casos têm autores identificados ou indicativos de autoria. “Com a tecnologia que dispomos, dificilmente alguém conseguirá ficar por muito tempo escondido na internet”, afirmou.
A titular da DAI, delegada Ana Virgínia, alertou sobre as consequências previstas no ECA para adolescentes que praticam atos infracionais protegidos por ameaça. “As unidades da Polícia Civil podem solicitar ao Ministério Público a aplicação de medidas socioeducativas previstas no ECA, que vão desde rigorosamente e obrigação de reparar o dano, até uma internação em um estabelecimento educacional, que pode durar até três anos”, detalhou.
A operação Escola Segura continua em andamento em todo o estado da Bahia, com o objetivo de garantir a segurança e a integridade física dos alunos nas escolas. A Polícia Civil pede que a população colabore com informações sobre casos de ameaças ou qualquer outro tipo de violência nas escolas.