O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão de um dos acusados de planejar o sequestro do senador e ex-juiz Sergio Moro, na tarde desta quinta-feira (13). A decisão foi da presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que negou o habeas corpus do investigado Janeferson Aparecido Mariano Gomes por motivos processuais.
Na visão da ministra, o caso só pode ser analisado pelo STJ após julgamento definitivo do pedido de soltura feito no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre. Segundo ela, a questão de fundo é sensível e demanda maior reflexão e exame aprofundado dos autos.
A Operação Sequaz foi deflagrada no mês passado pela Polícia Federal (PF), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que planejava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo o senador Sérgio Moro. A ação contou com a participação de 120 policiais federais para o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e no Paraná.
O acusado Janeferson Aparecido Mariano Gomes é um dos envolvidos no planejamento do sequestro do senador e foi preso preventivamente durante a operação. No entanto, ele entrou com pedido de habeas corpus para responder ao processo em liberdade, alegando falta de fundamentação para a prisão preventiva.
O caso agora será analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, antes de eventual intervenção do STJ. Enquanto isso, o acusado continua preso.