Dois baianos estão entre os 18 mortos do acidente com ônibus em SP

Dois baianos estão estre as vítimas fatais do acidente que deixou 18 mortos na cidade de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, na quarta-feira (08).

A vendedora Sonia Pinheiro de Jesus, 43 anos, natural de Jequié, e estudante de Sistema de Informação, Daniel Oliveira Damazio, 25, de Ubatã, morreram após a colisão do veículo com um rochedo.

O ônibus levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião. No km 84 da rodovia, na descida da serra, o motorista perdeu o controle logo depois de fazer uma curva, atravessou a pista, bateu nas pedras, capotou e caiu em um barranco.

Segundo o Corpo de Bombeiros, 15 pessoas, incluindo o motorista, morreram no local do acidente. Outras três morreram em hospitais.

Até as 15h30 desta quinta-feira, 16 vítimas já tinham sido identificadas. A polícia divulgou os nomes de 14 dos mortos na rodovia; veja a seguir:

– Ana Carolina da Cruz Veloso, 21 anos, estudante de psicologia

– Antônio Carlos da Silva, 37 anos, motorista

– Aldo de Sousa Carvalho, 26 anos, estudante de engenharia

– Daniel Oliveira Damásio, 25 anos

– Daniela Aparecida Mota Dias

– Damião Nunes Bras, 33 anos, estudante de engenharia

– Gabriela Silva Oliveira dos Santos, 22 anos, estudante de engenharia

– Guilherme Mendonça de Oliveira, 19 anos

– Janaina Oliveira Pinto, 20 anos

– Laís de Oliveira, 21 anos

– Maria Macedo de Souza

– Rafael Santos do Carmo, 18 anos

– Rita de Cássia, 19 anos

– Sônia Pinheiro de Jesus, 37 anos

Dezessete das 18 vítimas fatais serão veladas coletivamente em São Sebastião. A estudante Ana Carolina da Cruz Veloso será velada no Paraná.

Como foi o acidente

O acidente ocorreu por volta das 23h desta quarta. Segundo o delegado Fábio Pierri, o ônibus estava acima da velocidade permitida, de 60 km/h, mas a polícia ainda apura outros fatores que podem ter contribuído para o acidente.

“Inicialmente, posso falar que houve excesso de velocidade. Ele [motorista] estava a mais de 80 km/h”, disse Pierry. A viação União do Litoral, responsável pelo ônibus, nega que o veículo estivesse em alta velocidade.

Inicialmente posso falar que houve excesso de velocidade. Ele [motorista] estava a mais de 80 km/h. Temos que montar o quebra-cabeça de tudo"

Fábio Pierri, delegado

“Não descartamos que o motorista possa ter dormido. Temos que montar o quebra-cabeça de tudo. A perita afirmou que o ônibus tombou na pista, foi arrastando, arrancando árvores e caiu na valeta”, afirmou o delegado.

A Polícia Civil informou que não chovia e não havia neblina no momento do acidente, mas a pista poderia estar escorregadia. A empresa do ônibus contesta e diz que havia neblina no momento do acidente.

Uma hora antes do acidente, o motorista que dirigia o ônibus, Antônio Carlos da Silva, de 37 anos, avisou a mulher, por meio de uma mensagem de celular, que chegaria mais tarde em casa por conta da neblina na rodovia.

Um dos sobreviventes disse que o ônibus estava descontrolado. “Na terceira vez que ele repetiu o movimento [de tentar fazer a curva] de forma brusca e invadindo a pista, percebemos que havia algo errado. Começaram a pedir para que colocássemos o cinto. Eu coloquei e aí começou a gritaria, as pessoas se desesperaram e percebi que o meio-fio estava cada vez mais próximo, foi quando capotamos”, disse Wanderson da Silva, de 24 anos.

Segundo a Artesp (agência de regulação), a Viação União do Litoral Transporte e Turismo Ltda está cadastrada para fazer serviço de fretamento.

A vistoria ao ônibus envolvido no acidente ocorreu em 2015 e é válida até 26 de agosto de 2016. A credencial da empresa, que deve ser renovada a cada cinco anos, termina em 31 de outubro de 2016.