Ex-músicos da New Hit podem ser absolvidos e outros terem pena reduzida

Um ano se passou desde a decisão da sentença de 11 anos e oito mesmo de reclusão, da juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime de Ruy Barbosa, no interior da Bahia, mas os ex-músicos da banda New Hit seguem em liberdade. Alan Aragão Trigueiros, Carlos Frederico Santos de Aragão, Edson Bomfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Wenslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias foram acusados de estuprarem duas adolescentes, de 15 e 16 anos, após um show na cidade, em agosto de 2012.

Mas, além de continuarem soltos, apesar da sentença, a maioria dos acusados seguem mantendo as atividades normais no ramo artístico. O guitarrista Edson Berhends toca com o cantor Ted Pherraz e empresaria as bandas O Anjinho e O Tchukão. O dançarino Weslen Lopes virou coreógrafo de Neto LX. Guilherme Campos, também dançarino, chegou a fazer shows com Psirico e atualmente trabalha na agência de viagens e turismo Veromundo. Outro dançarino, Alan Aragão, conhecido como Alanzinho, mantém a atividade de professor de swing baiano em uma academia e se apresenta com algumas bandas, como Gasparzinho. O percussionista Michel Melo compõe a banda XBoys. William Ricardo segue carreira solo como cantor. Já o vocalista do grupo, Eduardo Martins, chegou a liderar a banda Pagodão, mas o grupo parou as atividades recentemente e não tem shows na agenda. 

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Uma fonte ligada ao Bocão News garantiu que os acusados ainda não estão presos porque a sentença ainda cabe recurso, e está sendo apreciada pela Justiça, que decidirá se mantém ou não a condenação. Além disso, os músicos são réus primários e têm residências fixas, fatores que lhe garantem inicialmente a liberdade até conclusão definitiva do caso. 

Se condenados, segundo fonte ouvida pela reportagem, a pena de alguns deve ser reduzida e alguns deverão ser absolvidos, pois a sentença foi igualada para todos os acusados. No entanto, a Justiça determina que cada réu seja julgado individualmente de acordo com sua participação no crime. Ainda de acordo com a fonte, dois dos acusados são nitidamente inocentes. 

O advogado que assumiu o caso não foi encontrado pela reportagem para falar oficilamente sobre a setença.