O Ministério Público da Espanha rejeitou nesta terça-feira (25) o segundo pedido de liberdade de Daniel Alves, ex-jogador de futebol brasileiro acusado de estupro em Barcelona. A promotoria teria considerado que há risco de fuga do acusado, caso seja solto.
Daniel está preso desde o dia 20 de janeiro, após ser acusado de estuprar uma jovem de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona. O jogador já havia feito um pedido de liberdade em fevereiro, que foi negado pelo Tribunal de Barcelona.
A defesa do ex-jogador havia preparado uma nova estratégia para tentar tirar o brasileiro da prisão. Segundo a imprensa espanhola, a presença da família dele na Espanha sustentaria que Daniel Alves não teria interesse em deixar o país.
No entanto, o Ministério Público alegou que as circunstâncias não mudaram desde a última vez em que Daniel teve seu pedido de liberdade negado, e que há risco de fuga do acusado.
Novo depoimento:
Na semana passada, o atleta prestou novo depoimento à Justiça da Espanha, alegando que a relação sexual com a jovem que o acusa de estupro foi consensual. O ex-jogador afirmou ser “respeitoso” na relação com as mulheres e que não toma a iniciativa se não perceber “tensão sexual” e uma clara predisposição. Alves afirmou que propôs à jovem que os dois fossem para um local mais reservado após perceber uma “química” entre eles.
As declarações de Alves contradizem a versão da vítima e as evidências coletadas pela polícia. A jovem foi atendida por uma ambulância chamada pela boate Sutton e transferida para o Hospital Clínic, referência em atendimentos a vítimas de abusos sexuais. Lá, ela passou por um exame médico que constatou que ela sofreu ferimentos leves compatíveis com a “luta” que teria travado com o jogador de futebol para não se sujeitar ao ato sexual. A ficha médica indica que ela apresentou uma pequena equimose no joelho, um machucado que corrobora com a narrativa da vítima.
Daniel Alves continua preso e aguarda seu julgamento.